Escrito por Instituto Telecom, Terça-feira, 8 de Julho de 2014 |
Seg, 07 de Julho de 2014 21:57 |
Mais uma vez teremos uma grande batalha
entre os interesses das operadoras de telecomunicações e os da sociedade
civil: a renovação dos contratos de concessão do STFC, a telefonia
fixa. Duas ideias se opõem nesse processo. De um lado, a do
concessionário, para quem a concessão constitui um empreendimento cujo
objetivo é o lucro. De outro, a do Estado, para o qual a concessão é um
serviço público e, portanto, uma atividade que precisa atender à
necessidade da coletividade e deve ser oferecida garantindo a qualidade.
O Plano Geral de Metas de
Universalização (PGMU) é parte integrante dos contratos de concessão. O
Plano estabelece as metas para a progressiva universalização do STFC
prestado no regime público, a serem cumpridas pelas concessionárias Oi,
CTBC, Telefônica (Vivo) e Sercomtel (na modalidade local) e Embratel (na
modalidade longa distância). Estas metas são impositivas.
Há pontos positivos colocados pela
Anatel na consulta pública sobre a renovação de contratos. A começar
pelo prazo de seis meses para a realização da mesma. Também deverá
ocorrer um número maior de audiências, a manutenção do Aice, o backhaul
deverá ser implementado em infraestrutura de fibras óticas em todos os
municípios que não disponham dessa infraestrutura. Este backhaul será
reversível à União .
Mas a Anatel erra ao não considerar este
o momento para a redução da assinatura básica. E mais ainda quando
coloca o telefone público no caminho da extinção.
No primeiro caso tem que ser revista a
fórmula de cálculo da assinatura básica. Nossas tarifas estão entre as
mais caras do mundo. Já em relação aos telefones públicos, não tem
nenhum cabimento acabar com as metas de universalização dos orelhões,
ainda mais quando a própria Agência aprovou em junho um novo Regulamento
do Telefone de Uso Público do Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC.
Nós, do Instituto Telecom, sabemos que
as concessionárias pressionarão a Anatel para que ela acabe com o Aice e
não coloque metas para o backhual (banda larga). Não aceitaremos esse
tipo de formulação das operadoras e lutaremos para que sejam mantidas as
atuais metas para os telefones públicos, para que estes sejam
modernizados, incluindo-os com um ponto de acesso wifi. Os telefones
públicos não podem ficar como o tatu bola, o Fuleco da Copa, a caminho
da extinção.
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O Fuleco das telecomunicações
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